Conheça as características de uma menstruação saudável Pequenos detalhes mostram como anda a saúde íntima da mulher
O ciclo menstrual normal resulta de um sistema de ação complexa que envolve as seguintes glândulas: hipotálamo, hipófise, ovários, além do útero e está ligado à fertilidade da mulher. Quando ocorre a menstruação, os óvulos não fecundados são eliminados, e recomeça o processo de produzir novos, para que uma nova tentativa de fecundação ocorra. Duração e quantidade Um ciclo menstrual adulto médio dura normalmente 28 dias, variando de 24 a 35 dias. O sangramento em si dura em média de 4 a 6 dias. A perda média de sangue durante cada período menstrual é de 30 ml, o limite superior do normal é de 80 ml, mas isso é extremamente difícil de medir, como podem imaginar. O ideal é ficar atento caso haja uma quantidade exagerada de sangue, por exemplo. Nesse caso, menstruações muito abundantes podem causar anemia, já que há uma grande perda de sangue.
Características do sangue Em geral, nos primeiros e últimos dias do período menstrual o sangue normalmente pode ser mais marrom, como uma borra de café. No final, principalmente, a coloração tende a ser mais escura, um tom vinho. No meio do período, costuma ser vermelho vivo e se sair em grande quantidade, podem aparecer coágulos. Meninas que menstruam muito pouco, seja naturalmente ou por usarem algum tipo de anticoncepcional, podem ter a menstruação apenas dessa cor mais amarronzada, sem que isso seja nenhum problema. Se sempre houver coágulos, pode ser que esteja sangrando mais do que deveria, e nesse caso, o recomendado é que procure sua ginecologista para avaliação. Referente ao odor, a menstruação tem um cheiro característico que mistura o sangue com o da vagina, que é causado pela flora normal. Quando ele muda, pode significar alguma alteração nessas bactérias que habitam a vagina.
Motivos para alterações O uso de anticoncepcionais pode mudar as características da menstruação, em geral para menor quantidade de sangue e menos dias menstruada, além de regular as datas em que a menstruação vai ocorrer. Mas, de qualquer forma, o anticoncepcional deve ser uma indicação do seu médico, pois para escolher o remédio ideal, varia de cada organismo e cada problema abordado. Perturbações do ciclo menstrual - como ausência da menstruação, ou diminuição dela, por exemplo - pode ser resultado de condições que afetam o hipotálamo, hipófise, os ovários, o útero ou a vagina. Isso ocorre porque esses órgãos e glândulas normalmente seguem uma sequência de eventos, uma vez por mês, que ajuda a preparar o corpo para a gravidez. Dois hormônios, o folículo-estimulante (FSH) e o luteinizante (LH), são feitos pela glândula hipófise. Dois outros hormônios, estrogênio e progesterona, são feitos pelos ovários.
E se eu parei de menstruar? Essa condição é chamada de amenorreia, e existem dois tipos. A do tipo primária ocorre quando a mulher nunca menstruou. Algumas das causas mais comuns de amenorreia primária incluem condições que estão presentes ao nascimento, mas pode não ser notadas até a puberdade, como anormalidades dos órgãos reprodutivos (por exemplo, se o útero não está presente ou foi desenvolvido de forma anormal). Já a amenorreia secundária ocorre quando a pessoa menstruava e para por mais de 3 meses espontaneamente. Gravidez é o diagnóstico mais comum de amenorreia secundária, mas outras causas comuns incluem condições ovarianas, como a síndrome do ovário policístico e insuficiência ovariana (menopausa precoce). Muitas das condições que causam amenorreia primária ou secundária também podem levar uma mulher a ovular de forma irregular. Isso pode provocar sangramento em pequena quantidade e ainda sem periodicidade regular. Portanto é sempre importante procurar seu médico a qualquer alteração menstrual.
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MENSTRUAÇÃO E CORRIMENTOS ANORMAIS DENUNCIAM DOENÇAS NA ÁREA ÍNTIMA FEMININA
Menstruação e corrimento anormais denunciam doenças na área íntima feminina Conheça os sinais de alerta para recorrer a um ginecologista Entender como funciona o nosso corpo é importante não só para o autoconhecimento - se familiarizar com as formas e manifestações fisiológicas ajuda também a identificar quando algo não está correto em nosso organismo. Essa investigação anatômica pode ser muito difícil para mulher, seja pela dificuldade de se enxergar um órgão que é interno, pelo tabu que acerca a vagina ou pelo nojo que a mulher pode ter de secreções, menstruação e outras coisas que são absolutamente naturais. Ao buscar informações e entender sobre a própria região íntima, a mulher consegue não só se aceitar melhor, como também diagnosticar precocemente uma série de doenças. Veja quais:
Aparência da menstruação Segundo o ginecologista Cláudio Bonduki, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cada mulher tem um padrão menstrual, que inclui: variação de intervalo entre um sangramento e outro, intensidade e duração do fluxo. O alarme só apita quando algum fator destoa do padrão que acompanha a mulher desde as primeiras menstruações. Quando uma destas características sai do normal, pode ser sinal de alguma alteração hormonal, orgânica ou, até mesmo, funcional. "Quando as mudanças são notadas em apenas um ciclo não diz muita coisa, pode ser natural", explica. "O problema começa quando essa mudança na menstruação se mantém com o passar dos ciclos." Um fluxo que passa a ser muito intenso ou com maior duração, por exemplo, pode ser indício da presença de um mioma - tumor benigno do tecido que forma a parede do útero. Além disso, o sangue da menstruação deve ser um sangue limpo, ou sangue novo - e ele é muito parecido com o sangue de todo o resto do nosso corpo, como quando cortamos a pele. Ele deve ter um tom vermelho intenso que é uniforme durante todo o ciclo e não apresenta odores. Alterações na coloração da menstruação - como quando ela fica amarronzada ou quase preta - podem estar relacionadas a mudanças importantes no corpo. Segundo os especialistas, essa alteração na cor pode ser um sinal de endometriose, feridas na vagina, útero ou colo do útero, HPV e outras DSTs, cisto de ovário, alterações hormonais por medicamentos, estresse e até mesmo mudança da pílula anticoncepcional. Entretanto, como afirma Cláudio, as mudanças no ciclo decorrentes de problemas como estresse ou pílula tendem a normalizar com o tempo. Há também aquele sangue coagulado, que aparece em pelotas. Esse sangue também não é dos mais saudáveis, uma vez que o líquido sempre contém anticoagulantes. Isso pode acontecer com mulheres que tem o ciclo muito intenso, e por isso o sangue se acumula no endométrio antes de ser expelido - para esses casos, é comum a mulher menstruar coagulado nos dias de fluxo mais intenso, tendendo a normalizar. Para mulheres que tem o sangue coagulado durante toda a menstruação, há um alerta: pode ser que você esteja expelindo mais sangue do que o normal, configurando também um problema a ser discutido com seu ginecologista. Quanto ao odor, a menstruação deve apresentar cheiro de sangue normal, um pouco mais intenso do que seria se você cortasse o dedo - já que a quantidade de sangue tende a ser maior. "Menstruação com odor muito forte e desagradável pode ser um sinal de vaginose bacteriana, que é uma infecção por bactérias", explica o ginecologista. Menstruações abundantes também podem exalar cheiro forte uma vez que o sangue pode ser degradado por bactérias na própria vagina ou no absorvente - e fluxos intensos, que duram mais de seis dias, também devem ser visto como um alerta para algo errado.
Corrimento com cor ou odor Toda mulher apresenta secreção vaginal - o que muda é a intensidade desse fluxo, que varia de pessoa para pessoa e de acordo com a fase da vida da mulher. "Mulheres que passaram da menopausa e meninas antes da primeira menstruação tendem a ter menor fluxo de corrimento por conta dos menores níveis do hormônio estrogênio no organismo", afirma a ginecologista Arícia Helena Galvão Giribela, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP). Durante a gestação, perto da ovulação, uma semana antes do período menstrual ou ainda com o uso de pílulas anticoncepcionais, excitação sexual, adesivos ou anel vagina, a tendência é que a secreção se torne mais perceptível. Além disso, toda a secreção vaginal tem um cheiro característico e individual. "O que diferencia uma secreção normal de uma problemática é o fato de ela incomodar ou não a mulher, seja pelo odor, por coceiras ou outros sintomas", explica. Mesmo que não seja agradável, seu odor não pode gerar desconforto. Quanto ao tom da secreção saudável, saiba eu ele pode mudar durante o ciclo menstrual. Na maior parte do tempo ela é transparente ou ligeiramente esbranquiçada, mas, no meio do ciclo menstrual, costuma ter aspecto de clara de ovo. Também é possível que ela apareça ligeiramente amarelada na calcinha por conta de reações químicas que a secreção sofre quando entra em contato com o ambiente externo.
O corrimento vaginal que não é saudável provoca uma espécie de mancha branco-acinzentada ou amarelo-esverdeada na calcinha e, além do cheiro forte, do ardor e da coceira, pode estar associado a uma dor na região pélvica. E as causas dessa inflamação podem ser diversas. "Muitas vezes o corrimento aparece por conta de uma reação alérgica a algum produto usado no banho ou para lavar a roupa íntima, mas também pode ser sintoma de infecções provocadas por bactérias, fungos ou até mesmo vírus", afirma Arícia. Uma das doenças mais comuns associadas ao corrimento vaginal é a candidíase. Para evitar o corrimento acarretado por irritações ou infecções, prefira calcinhas de algodão a tecidos sintéticos, permitindo a entrada de ar que é tão necessária para a saúde vaginal. "Dormir sem calcinha também permite que a região íntima 'respire', evitando a umidade e, consequentemente, a proliferação de fungos e bactérias", explica a especialista. Optar por sabonete líquido apropriado para higiene íntima, com pH abaixo de 6, é outra maneira de ajudar bastante.
Coceira vaginal A coceira vaginal nunca é normal. Segundo os especialistas, esse sintoma pode indicar desde uma alergia até DSTs. "Processos irritativos por algum produto externo, parasitoses, infecção por HPV, candidíase, alergias e doenças como psoríase, dermatites e até câncer tem como sintoma comum a coceira vaginal", explica o ginecologista Fabio Laginha, responsável pela Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Sintomas relacionados à coceira, como secreção de coloração e odor estranho, dor ao urinar, vermelhidão, inchaço e dor no ato sexual indicam que o problema é mais grave do que uma simples irritação e merece a atenção de um especialista. Já para o caso de alergia na pele, a solução pode ser encontrada mudando hábitos, como lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro e manter a higiene da área íntima adequada, usar calcinhas de algodão, evitar absorvente diários e utilizar um sabonete com pH neutro.
Feridas ou verrugas Lesões na área externa ou interna da vagina podem indicar uma série de problemas, conforme a extensão da ferida, profundidade, local e possível causa. Elas podem ser dolorosas, coçar, produzir corrimento ou não provocar nenhum sintoma - e em todos os casos é motivo para preocupação. Isso porque essas aparições estão frequentemente associadas a DSTs, como herpes genital, sífilis e granuloma inguinal. Já a presença de pequenas verrugas na região íntima é um sinal de alerta ainda maior. As verrugas podem aparecer na forma de manchas brancas, vermelhas ou marrons na vulva e podem provocar coceira. O problema que está mais comumente associado às verrugas genitais é o HPV, que pode evoluir para um câncer de colo de útero. Dessa forma, é importante prestar atenção na sua vagina e notificar a um especialista a presença de qualquer alteração.
Flatulência vaginal Normal durante a relação sexual, a flatulência vaginal acontece quando o ar que eventualmente entrou na vagina é expelido - e o som emitido é o mesmo de uma flatulência regular. "Durante a penetração pode sobrar espaço entre a parede e o pênis, fazendo com que o ar entre na cavidade, e durante as microcontrações que acontecem na musculatura durante o ato ele é expulso, causando ruídos", explica a ginecologista Flávia Fairbanks, da Associação de Ginecologista e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP). No entanto, a flatulência vaginal também pode acontecer como consequência da flacidez vaginal - e nesses casos, a flatulência pode acontecer até mesmo no dia a dia, enquanto a mulher caminha ou senta, por exemplo. Isso é um sinal de que a musculatura da vagina precisa ser exercitada. "Atividades de fortalecimento do períneo são indicados para todas as mulheres, mas principalmente em idade avançada e após um parto via vaginal", explica Flávia.
Urgência para urinar acompanhada de dor Cerca de 50% das mulheres adultas já sofreram esses sintomas. Ardência e dor na hora de urinar, combinado com uma urgência frequente para ir ao banheiro, são sinais clássicos de infeção urinária. A infecção urinária acontece quando bactérias entram pela uretra e chegam até a bexiga, se instalando lá. Embora não seja uma doença exclusivamente feminina, afeta muito mais esse público. "Isso acontece por razões anatômicas, já que a uretra feminina é mais curta que a do homem, facilitando a ascensão de bactérias até a bexiga", explica a ginecologista Maria Rita de Souza Mesquita, diretora da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo. A infecção urinária pode ser prevenida adotando hábitos que evitem o contato da vagina com corpos estranhos ao órgão. Entre os cuidados estão usar camisinha, não adiar a ida ao banheiro, urinar após a relação sexual, beber muita água e fazer a limpeza da vagina corretamente após usar o banheiro - de frente para trás.
Durante o sexo Por ser um órgão interno, a vagina está mais suscetível a infecções e doenças que não são perceptíveis em um primeiro momento - mas podem, durante o sexo, dar sinais de problema. A dor é um dos problemas vaginais mais recorrentes relacionados ao ato sexual. Também chamada de dispareunia, a dor sentida durante o sexo pode ter um fundo físico e químico ou psicológico - e, para todos os efeitos, não é algo normal na relação. "Entre as causas orgânicas podemos destacar infecções tanto dentro quanto fora do útero, bem como mioma ou endometriose", explica o ginecologista Fábio Rosito, do laboratório SalomãoZoppi Diagnósticos. Sangramentos durante o ato sexual, quando não estão relacionados à menstruação, podem denunciar fissuras decorrentes do atrito do pênis com a vagina ou então feridas mais profundas. Infecções bacterianas também podem provocar a inflamação no colo do útero. "A endometriose e o câncer estão entre as causas mais graves de sangramento, por isso é essencial não esperar muito tempo para procurar o ginecologista", reforça Fabio. Outros distúrbios recorrentes são a falta ou o excesso de lubrificação vaginal - só que nesses casos não existe uma cura definitiva, e a mulher deve procurar soluções individuais com o ginecologista.
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CIRURGIA ÍNTIMA FEMININA
Cirurgia íntima feminina: ninfoplastia Cirurgia reduz os pequenos lábios e pode alterar os grandes lábios vaginais O que é a cirurgia íntima feminina A ninfoplastia é uma cirurgia plástica que tem por objetivo diminuir os pequenos lábios vaginais, estruturas que têm como principal função direcionar o jato de urina durante a micção. Além disso, os pequenos lábios também tem a função de proteger a vagina. A cirurgia é feita, principalmente, em casos de incômodo estético ou até mesmo de dor durante a relação sexual. Quando indicado, a cirurgia íntima feminina também pode alterar o tamanho e formato dos grandes lábios. Outros nomes para o procedimento Cirurgia íntima feminina, ninfoplastia, cirurgia de redução dos pequenos lábios da vagina, plástica dos pequenos e/ou grandes lábios. Indicações da cirurgia íntima feminina Relação sexual Na maioria dos casos, a estética e o incômodo psicológico durante a exposição ao parceiro e a relação sexual é a motivação para a cirurgia. Em casos mais raros, a dificuldade em higienizar a região acaba provocando acúmulo de secreções e urina levando a infecções constantes, como a candidíase, o que também leva as mulheres a optar pela cirurgia plástica. Segundo o cirurgião plástico Henrique Arantes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a cirurgia também é indicada para casos em que o tamanho exagerado dos pequenos lábios pode causar dor durante a relação sexual. O incômodo acontece pois estas estruturas acabam dobrando-se para dentro da vagina durante a penetração. Henrique Arantes explica que podem surgir até mesmo pequenas lesões devido a esse atrito. Como é feita a cirurgia íntima feminina Normalmente é utilizada a anestesia raqui ou peridural com sedação simples, para que a mulher durma durante o procedimento. Como opção, pode-se ainda usar apenas anestesia local com sedação. Nesses casos é possível deixar o hospital no mesmo dia. O cirurgião retira parte dos pequenos lábios e reconstrói essas estruturas. São dados pontos, normalmente absorvíveis, ou seja, que não precisam ser retirados posteriormente. As cicatrizes costumam ser discretas. O procedimento dura, em média, de 40 minutos à uma hora em meia. Por se tratar de uma cirurgia simples, a paciente pode ir para casa no mesmo dia. Segundo o Dr. Marcelo Wulkan, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira e Americana de Cirurgia Plastica, quando a cirurgia objetiva melhorar o aspecto dos grandes lábios, pode-se fazer basicamente duas abordagens: para se diminuir utiliza-se pequenas cânulas de lipoaspiração com ou sem cicatriz na parte interna do grande lábio (a cicatriz fica pouco aparente). Quando o envelhecimento, perda de peso ou fatores de hereditariedade "murcham" os grandes lábios, o cirurgião pode melhorar a região com aplicações de gordura da própria paciente (lipoenxertia estruturada). Quanto retirar? Esta decisão é tomada pelo médico, que irá retirar a quantidade correta para o benefício estético, pensando também na função dos pequenos lábios. "A ideia é tirar o excesso, ou seja, a porção dos pequenos lábios que fica aparente quando a mulher está em posição normal, é a parte dos pequenos lábios que se projeta para fora dos grandes lábios", explica o cirurgião plástico André Collaneri, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Qual profissional pode realizar a cirurgia íntima feminina Consulta médica O cirurgião plástico e o ginecologista são os profissionais mais indicados para esse tipo de cirurgia. Contraindicações A cirurgia íntima não possui contraindicações absolutas, no entanto, como em qualquer cirurgia, indivíduos com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca, descontroladas devem evitar procedimentos cirúrgicos. Pacientes com infecção ativa no local ou corrimento devem fazer tratamento antes de se submeter à cirurgia. Também há uma recomendação especial para fumantes: abstinência por dois ou três meses antes da cirurgia. Por fim, mulheres com hipertensão, diabetes ou asma devem ser avaliadas sobre o risco da cirurgia. Pós-operatório da cirurgia íntima feminina Equimoses (manchas arroxeadas) Não é comum que a região fique arroxeada, mas pode acontecer caso algum vaso sanguíneo de pequeno calibre for rompido durante a cirurgia. Relações sexuais Podem ser retomadas após 30 ou 45 dias após a cirurgia. "É preciso que os pontos estejam resistentes (não estejam visivelmente frouxos) para resistir ao atrito na região e não se abrirem", explica o cirurgião plástico André Collaneri. Repouso e volta ao trabalho O repouso deve ser mantido pelo período de dois a três dias após a cirurgia. Depois disso, quem trabalha em escritório, sem realizar grandes esforços físicos, pode voltar à rotina. Quem trabalha com esforço físico ou que precisa caminhar muito deve esperar três semanas para retornar ao trabalho. Exercícios físicos É possível retornar gradualmente aos exercícios físicos três semanas após a cirurgia. É indicado evitar exercícios que pressionem a região pressionada, como a bicicleta. Sensibilidade A região pode ter diminuição da sensibilidade após a cirurgia, mas a sensibilidade retorna após a cicatrização (cerca de 30 dias). A sensibilidade durante a relação sexual não será alterada. Na hora do banho A higiene da região íntima é feita normalmente com água morna e sabonete neutro, não é necessário o uso de sabonetes específicos para a genitália da mulher tampouco o uso de substâncias antissépticas. Uso do banheiro "É recomendado que a mulher limpe a região com água e sabonete depois de urinar", explica Fábio Rosito, ginecologista do laboratório SalamãoZoppi Diagnósticos. Alguns médicos usam uma cola cirúrgica para impermeabilizar o local da incisão da cirurgia íntima. "Esse produto impede que secreções entrem em contato e infectem a região", explica o Cirurgião plástico André Collaneri. Nesse caso, a secagem simples com papel higiênico é suficiente. Quando estiver na rua, lembre-se sempre de carregar lenços umedecidos, que ajudam na limpeza. Menstruação O ideal é que a mulher não menstrue logo após a cirurgia, o que pode dificultar as medidas do pós-operatório, como a colocação de compressas frias, por exemplo. Portanto, o período recomendado para realização da cirurgia é logo após o final da última menstruação. Caso a mulher menstrue, a recomendação é que seja usado o absorvente interno, uma vez que o externo pode abafar e aquecer a região. Vestuário A mulher deve usar calcinhas frouxas de algodão e roupas confortáveis que permitam que a região permaneça bem arejada até que a cicatrização esteja completa, o que ocorre cerca de 30 dias após a cirurgia. Dor e inflamação A dor após a cirurgia íntima feminina é leve, mas pode aumentar caso os pequenos lábios inchem demais, causando atrito entre eles e consequentemente aumentando a inflamação, num ciclo. Para evitar o problema alguns cuidados são: fazer compressas geladas na região, manter repouso de dois a três dias, não realizar exercícios físicos, tomar banhos mornos, não esfregar a região e usar o anti-inflamatórios recomendado pelo médico. É possível sentar-se logo após a cirurgia, uma vez que a área não sofrerá nenhuma pressão anormal nesta posição. Riscos da cirurgia O cirurgião plástico André Collaneri explica que a cirurgia é bastante simples, por isso, os riscos remetem mais às intercorrências gerais, como infecções, sangramento e reações à anestesia.
fonte www.minhavida.com.br
OSTEOPOROSE
O que é Osteoporose? Osteoporose é uma doença metabólica, sistêmica, que acomete todos os ossos. A prevalência da osteoporose, acompanhada da morbidade e mortalidade de suas fraturas, aumenta a cada ano. Estima-se que com o envelhecimento populacional na América Latina, o ano de 2050, quando comparado a 1950, terá um crescimento de 400% no número de fraturas de quadril para homens e mulheres entre 50 e 60 anos, e próximo de 700% nas idades superiores a 65 anos. Estima-se que a proporção da osteoporose para homens e mulheres seja de seis mulheres para um homem a partir dos 50 anos e duas para um acima de 60 anos. Aproximadamente uma em cada três mulheres vai apresentar uma fratura óssea durante a vida.
A osteoporose é uma doença feminina? Mulheres têm mais osteoporose que os homens, pois têm os ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência.
Causas Nós temos no corpo células responsáveis pela formação óssea e outras pela reabsorção óssea. O tecido ósseo vai envelhecendo com o passar do tempo, assim como todas as outras células do nosso corpo. O tecido ósseo velho é destruído pelas células chamadas osteoclastos e criados pelas células reconstrutoras, os osteoblastos. Esse processo de destruição das células é chamado de reabsorção óssea, que fica comprometido na osteoporose, pois o corpo passa a absorver mais osso do que produzir ou então não produzir o suficiente. Alguns problemas podem interferir na formação dos ossos:
Deficiência de cálcio O cálcio é um mineral essencial à formação normal dos ossos. Durante a juventude, o corpo usa o mineral para produzir o esqueleto. Além disso, o osso é o nosso principal reservatório de cálcio, e é ele quem fornece esse nutriente para outras funções do corpo, como o funcionamento cardíaco. Quando o metabolismo do osso está em equilíbrio, ele retira e repõe o cálcio dos ossos sem comprometer essa estrutura. Esses nutrientes são obtidos por meio da alimentação, por isso, se a ingestão de cálcio não é suficiente, ou então o organismo não está conseguindo absorver esse cálcio ingerido, a produção de ossos e tecidos ósseos pode ser afetada, não havendo nutrientes suficientes para produzir o esqueleto e suprir toda a demanda de cálcio do resto do corpo. Dessa forma, a ingestão insuficiente ou a má absorção desses nutrientes pode ser uma das causas da osteoporose. Envelhecimento e menopausa Cerda de 80% dos pacientes com osteoporose a tem associada ao envelhecimento ou menopausa. No caso do envelhecimento, é necessário entender que os ossos crescem somente até os 20 anos, e sua densidade aumenta até os 35 anos, começando a perder-se progressivamente a partir disso. Isso quer dizer que até os 35 há um equilíbrio entre processos de reabsorção e criação dos ossos, e a partir dessa idade a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento. Caso o indivíduo não tenha criado um "estoque" de densidade óssea suficiente para suprir esse aumento gradativo da reabsorção, os ossos vão ficando mais frágeis e quebradiços, podendo levar à osteoporose.
Enquanto a mulher está em período fértil (menstruando) existe a produção acentuada do hormônio estrogênio. Quando abundante no corpo da mulher, o estrogênio retarda a reabsorção do osso, reduzindo a perda, além de ser responsável pela fixação do cálcio nos ossos, contribuindo para o fortalecimento do esqueleto. Em contrapartida, a mulher durante e após a menopausa tem uma produção muito reduzida de estrogênio, uma vez que ele não é mais necessário para o ciclo menstrual. O hipoestrogenismo irá contribuir para a perda de massa óssea mais acelerada, principalmente nos primeiros anos da pós-menopausa. Dessa forma, a menopausa pode ser um gatilho para a osteoporose. Em homens, baixos níveis de testosterona (hipogonadismo) também podem favorecer a osteoporose, uma vez que este hormônio entra na formação do tecido ósseo.
Osteoporose facilita fraturas Todas as mulheres de 65 anos ou mais e homens com 70 anos ou mais devem fazer a densitometria óssea anualmente, independente dos fatores de risco. Mulheres na pós-menopausa com menos que 65 anos de idade e homens entre 50 e 60 anos com fatores de risco também devem fazer o exame anualmente. Além disso, qualquer com que sofreu fraturas e tem risco associado tem indicação para fazer a densitometria a fim de diagnosticar uma possível osteoporose. Em pacientes com osteoporose já diagnosticada, também pode ser feita a biópsia óssea, um exame que analisa a constituição do osso, identificando se a osteoporose está acontecendo por um excesso de reabsorção óssea ou pela pouca formação de ossos.
Diagnóstico de Osteoporose Em geral, a perda óssea ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da osteoporose. Quando isso ocorre, a doença já se encontra em um estado avançado, e o dano é grave. SAIBA MAIS Conheça os exames para entrar bem na terceira-idade Por não apresentar sintomas em seu estado precoce, não é possível fazer um diagnóstico clínico da osteoporose. Dessa forma, o diagnóstico tanto precoce quanto após uma fratura é feito com a densitometria óssea e radiografias. Além desses, o médico pode pedir outros exames para fazer o diagnóstico de causas secundárias da osteoporose, como dosagem de creatinina e dosagem de testosterona e estrogênio.
A principal complicação da osteoporose são as fraturas por compressão na coluna vertebral, no fêmur, nos quadris e nos punhos. Uma fratura nos quadris ou fêmur pode gerar invalidez ou perda da capacidade de andar. A coluna e o fêmur são as áreas que mais recebem um desgaste ósseo e mais correm risco, sendo a fratura proximal de fêmur a mais grave, resultando em mortalidade 15% maior no primeiro ano pós-fratura, se comparado com um grupo de idade similar que não sofreu o trauma, sendo que os pacientes com fratura prévia são duas a cinco vezes mais susceptíveis a incidências futuras do que indivíduos sem fraturas. Cerca de metade dos pacientes com fratura de fêmur não consegue mais andar, e um quarto necessita de cuidado domiciliar prolongado. Um paciente que não consegue mais andar e fica acamado corre um risco maior de sofrer infecções e fica mais suscetível a doenças por conta da invalidez.
Sintomas de Osteoporose A osteoporose é uma doença silenciosa, que dificilmente dá qualquer tipo de sintoma e se expressa por fraturas com pouco ou nenhum trauma, mais frequentemente no punho, fêmur, colo de fêmur e coluna. Outros sintomas que podem surgir com o avanço da doença são: Dor ou sensibilidade óssea Diminuição de estatura com o passar do tempo Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral Postura encurvada ou cifótica.
HIPERTENSÃO MAL TRATADA PODE CAUSAR PROBLEMAS RENAIS
A relação entre a hipertensão arterial e a saúde dos rins é um binômio extremamente importante, pois a hipertensão arterial pode prejudicar a saúde dos rins ou os rins serem responsáveis pelo aumento da pressão arterial. Classicamente dizemos que os rins são vítimas da ou culpados pela hipertensão arterial. A pressão arterial nada mais é do que uma força física através da qual o sangue bombeado pelo coração ?caminha? por uma via (artérias) para levar os suprimentos necessários aos órgãos. Quando a pressão está aumentada (hipertensão arterial) a força que o coração precisa fazer para bombear o sangue é maior, pois a via (artérias) está menos complacente, isto é, as artérias oferecem maior resistência à passagem do sangue. Esta força maior que ?empurra? o sangue para frente resulta em lesões na parede das artérias, e essa lesão acomete todas as artérias, de calibre grande ou pequeno (arteríolas). Isso vale para os rins também. Frente à elevação da pressão (hipertensão arterial) as artérias e arteríolas renais são acometidas, resultando em perda progressiva da função excretora do órgão. Em outras palavras, na medida em que os vasos renais são lesados, ocorrem alterações na capacidade de excretar o excedente de volume que deveria ser eliminado, bem como de algumas substâncias (produtos do metabolismo). Então, se os rins deixam de eliminar o volume excedente, este por sua vez, pode aumentar ainda mais a pressão arterial. É importante frisar que o comprometimento renal causado pela hipertensão arterial ocorre de maneira lenta e insidiosa, portanto, não se acompanha de sintomas ou sinais indicativos de que algum problema renal está em curso. Este é sem dúvida o principal problema da hipertensão. Além disso, algumas populações de pacientes estão sob maior risco de evoluir para a doença renal crônica, e entre eles, além da hipertensão em si, estão os idosos, os obesos (IMC > 30 kg/m2) e diabéticos (tipo 1 e tipo 2). Não espere o aparecimento de sintomas ou sinais que possam sugerir alterações nos rins, pois nesta circunstância possivelmente o dano renal já se instalou Assim, a falta de controle da pressão arterial, do diabetes, dos níveis de colesterol e o tabagismo contribuem não apenas para a piora da saúde dos rins, mas também para uma evolução pior da doença renal crônica. De que forma então poderíamos rastrear a função renal para saber se está ou não ocorrendo algum problema? Os exames iniciais utilizados para rastreamento da função renal são a dosagem da creatinina e o exame de urina tipo 1. A creatinina é um produto da degradação das células musculares, produzida em uma taxa praticamente constante. Quando os rins estão funcionando normalmente, a creatinina é retirada do sangue e eliminada pela urina, no entanto, quando a função renal está diminuída, a creatinina não é excretada de forma adequada e seus níveis aumentam no sangue, indicando que há algum problema na função dos rins. Uma maneira de estimar a função renal é através do cálculo da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). Esta estimativa é feita a partir de fórmulas propostas pelas diretrizes internacionais em nefrologia. Assim, é considerado portador de doença renal crônica a pessoa que, independente da causa, apresente por pelo menos três meses consecutivos uma TFGe < 60ml/min/1,73m². Outra forma de avaliar é pelo exame de urina tipo 1. Minimamente o exame nos dará indícios da perda de proteína (albumina) que também é um indicativo de alteração da função renal, pois normalmente não há perda de proteína (albumina) pela urina. Caso o exame mostre uma perda mais importante, podemos lançar mão de outros exames para investigar melhor a quantidade de proteína (albumina) perdida nas 24 horas e também avaliar os rins por meio de exames de imagem como a ultrassonografia. Em resumo, a hipertensão arterial pode lesar os rins, e consequentemente comprometer a saúde renal sem que tenhamos consciência desta situação, e desta forma, é importante a determinação da creatinina e a realização de um exame de urina em todos os hipertensos, pelo menos uma vez ao ano, para que se possa detectar e/ou acompanhar a evolução desta doença que, como dito muitas vezes, é silenciosa. Para prevenir a evolução da doença renal é fundamental o controle da pressão arterial. Assim, para hipertensos e/ou diabéticos sem indícios de doença renal a meta preconizada é abaixo de 140/90 mmHg e para pacientes diabéticos com albuminúria é abaixo ou igual a 130/80 mmHg. Além disso, a adoção de medidas para modificação do estilo de vida como, evitar o sobrepeso ou obesidade, reduzir a quantidade de sal na dieta, ingerindo menos de 2g de sódio/dia (5 g/dia de sal de cozinha), abandonar o tabagismo, evitar alimentos gordurosos e ter atividade física regular, praticando 30 minutos/dia (150 min/semana) são medidas extremamente importantes. Como se pode ver, a saúde renal associada à hipertensão requer medidas simples de rastreamento, modificações no estilo de vida e tratamento contínuo da hipertensão para se atingir e manter o controle pressórico adequado. Não espere o aparecimento de sintomas ou sinais que possam sugerir esta alteração, pois nesta circunstância, possivelmente o dano renal já se instalou e a próxima medida será evitar que ele progrida. Ao nascermos temos um número já determinado de estruturas funcionais nos rins, que uma vez perdida não será recuperada. Referências Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao Paciente com Doença Renal Crônica- DRC no Sistema Único de Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. ? Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.: 37 p
INFECÇÃO URINÁRIA
INFECÇÃO URINÁRIA A infecção urinária pode acometer pessoas de ambos os sexos, independentemente da idade, porém predomina nas mulheres adultas. É causada por bactérias que contaminam a uretra e que podem atingir a bexiga causando cistite ou, nos casos mais graves, infectam todo o trato urinário e atingem os rins. As mulheres estão mais propensas a contraírem infecção urinária por terem a uretra mais curta e mais próxima da vagina e do ânus. Por esse motivo, é extremamente importante ter atenção especial à higiene dessa região corporal. O diagnóstico da infecção urinária se inicia no consultório médico por meio do histórico clínico e da avaliação dos sintomas, entre os quais dor ao urinar, vontade incontrolável de urinar, micções frequentes e com pouco volume, e pode ser confirmado pelo exame de urina que detectará, entre outras alterações, a presença de bactérias. Dependendo da necessidade, o médico poderá também solicitar uma cultura de urina que, na maioria dos casos, identifica a bactéria que está causando a infecção. Para que a infecção urinária não se torne um problema frequente na vida da mulher algumas atitudes podem ser tomadas visando a prevenção dessa doença, entre as quais o uso de preservativo durante as relações sexuais e os cuidados de higiene. Distúrbios como o diabetes (apenas no sexo feminino), retenção ou incontinência urinária ou fecal, estreitamento da uretra, cálculos renais ou cateterismo da bexiga (em pacientes hospitalizados) favorecem o aparecimento de infecções urinárias. Por esse motivo, esses pacientes devem receber acompanhamento médico continuado, visando a evitar que um problema de saúde motive o surgimento de outro. Se você sentir algum incômodo ao urinar, seja ardência ou dor, ou algum outro sintoma indicativo de infecção urinária, procure imediatamente um médico. A infecção urinária quando não tratada, pode afetar todo o aparelho urinário, acarretando sérios danos à saúde. Saiba mais sobre os sintomas, exames e prevenção clicando aqui Fonte: LOPES, Hélio Vasconcellos; TAVARES, Walter. “Diagnóstico das infecções do trato urinário”. Disponível em: . Acessado em 18 de junho 2014.
AMENORREIA
AMENORREIA: A amenorreia é a ausência da menstruação que pode ser de dois tipos: a primária é caracterizada pela falta de sangramento até os 14 ou 16 anos a depender da presença ou não de outras características sexuais como pelos pubianos, broto mamário e etc. A secundária ocorre quando a menstruação teve início no período normal, mas passa a se ausentar por períodos de três a seis meses. Os sintomas associados à amenorreia são dores de cabeça intensas, acne, falta de lubrificação vaginal, alterações da voz, aumento do crescimento dos pelos pelo corpo, aumento dos seios e cólicas periódicas sem sangramento. Todos esses sintomas podem aparecer em mulheres completamente saudáveis, pois a doença pode se desenvolver a qualquer momento. Também existem mulheres que podem ter amenorreia de forma assintomática. Nos casos de amenorreia primária, o atraso no sangramento pode ser causado por defeitos congênitos no sistema reprodutor da mulher, problemas hormonais e até mesmo pela falta de abertura na membrana presente na entrada da vagina, o hímen, que muitas vezes pode ser tão espesso a ponto de não dar vasão à menstruação. Já na amenorreia secundária, as causas podem ser perda de peso de forma drástica, transtornos alimentares, gravidez desconhecida pela paciente, estresse, ansiedade, obesidade, desequilíbrio hormonal, excesso de exercícios físicos, falha ovariana prematura e cicatrização uterina após algum processo cirúrgico. O diagnóstico é realizado pelo ginecologista por meio da avaliação do histórico da paciente, exames de sangue, ultrassom pélvico e exames ginecológicos. O tratamento depende da causa da amenorreia, se o atraso for considerado normal, com a menina tendo sinais da puberdade até os 14 anos, é recomendado aguardar até a paciente completar 16 anos. Do contrário, o médico analisará caso a caso e verificará o melhor tratamento para cada causa, como mudança de estilo de vida, uma dieta específica e o uso de medicamentos adequados. Se sua menstruação for interrompida abruptamente e se mantiver ausente por mais de três meses, sem sinais de gravidez, procure seu ginecologista. É importante investigar se o motivo é a amenorreia ou outra doença que provoque a suspensão do sangramento, que podem até mesmo comprometer a fertilidade da mulher. Fonte: MEDICINANET; Amenorreia. Disponível em: . Acesso em 17 de abril de 2014. L.BR.06.2014.2088
HPV-HUMAN PAPILOMA,VÍRUS OU HPV
HPV O Human Papiloma Virus, ou HPV, é um vírus que vive na pele e nas mucosas dos seres humanos, tais como vulva, vagina, colo de útero e pênis. É uma infecção transmitida sexualmente (DST). A ausência de camisinha no ato sexual é a principal causa da transmissão. Também é possível a transmissão do HPV de mãe para filho no momento do parto, devido ao trato genital materno estar infectado. Entretanto, somente um pequeno número de crianças desenvolve a papilomatose respiratória juvenil. O HPV pode ser controlado, mas ainda não há cura contra o vírus. Quando não é tratado, torna-se a principal causa do desenvolvimento do Câncer de colo do útero e do Câncer de Garganta. 99% das mulheres que possuem Câncer de colo do útero foram infectadas por esse vírus. Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
VULVITE E VULVOVAGINITE Vulvite e Vulvovaginite são inflamações da parte externa do órgão genital feminino (chamada vulva). A vulvite é a irritação da vulva, e a vulvovaginite, da vulva e da vagina. São provocadas, principalmente, por diversos micro-organismos, que causam corrimento. As mesmas bactérias que originam a Candidíase, a Triconomíase e Clamídia podem desenvolver a vulvite e a vulvovaginite. A vulvovaginite também pode ser causada pelo uso de produtos alérgicos, como calcinhas de tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido ou perfumado, sabonetes perfumados, e também pelo hábito diário, como o uso do chuveirinho como ducha vaginal. As mulheres grávidas podem desenvolver vulvites crônicas após o parto, devido a sua sensibilidade com determinados produtos químicos, o látex da camisinha, tampões vaginais e sabonetes íntimos. A sua imunidade baixa propicia o desenvolvimento das infecções mais facilmente. Fontes: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
OVÁRIOS POLICÍSTICOS
OVÁRIOS POLICÍSTICOS A síndrome dos ovários policísticos é uma doença caracterizada pela menstruação irregular, pela alta produção do hormônio masculino – testosterona – e pela presença de micro cistos nos ovários. A causa da doença é desconhecida. Atinge entre 7% e 10% das mulheres no mundo, independente da idade. Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
SINTOMAS A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome. Em conjunto, outros sintomas podem ajudar a detectar essa doença, como: Atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo); Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen; Obesidade; Acne. Em casos mais graves, pode predispor o desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e câncer do endométrio. Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
ENDOMETRIOSE
ENDOMETRIOSE É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso, para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, no final do ciclo ele descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã sofrem com a doença. É importante destacar que a doença acomete mulheres a partir da primeira menstruação e pode se estender até a última. Geralmente, o diagnóstico acontece quando a paciente tem em torno dos 30 anos. A doença afeta hoje cerca de seis milhões de brasileiras. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, entre 10% a 15% de mulheres em idade reprodutiva (13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e há 30% de chance de que fiquem estéreis. Fonte: Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
CANCER DE MAMA
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. AUTOEXAME Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia. A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento. Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileiras fossem submetidas à mamografia uma vez por ano. DIREITO DE TODAS O Brasil é um país de desigualdades, que são ainda mais evidentes na assistência à saúde. O acesso à mamografia é um exemplo típico, infelizmente. O número de brasileiras que realizam o exame anualmente ainda é muito baixo. As que dispõem de planos de saúde privados têm mais facilidade, mas representam uma pequena parcela da população. A grande maioria depende do Sistema Único de Saúde, em que as dificuldades são bem conhecidas, havendo muitas diferenças de região para região. Até recentemente, o Ministério da Saúde recomendava que a mamografia anual fosse realizada em mulheres pelo SUS a partir de 50 anos. Mas esse limite de idade mudou com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, garantindo o benefício a partir dos 40 anos. A Lei Federal nº 11.664/2008 foi uma conquista da Femama e representa um grande avanço na luta contra do câncer de mama. No entanto, ela precisa ser colocada em prática de norte a sul do País. SELO DE QUALIDADE Outro problema que prejudica a detecção precoce do câncer de mama é a má qualidade das mamografias feitas no País. Numa pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), 77% dos exames foram rejeitados por problemas técnicos relacionados à qualidade da imagem, ao posicionamento incorreto das pacientes e ao uso inadequado dos equipamentos. O resultado é, além de tumores que passam despercebidos e de biópsias desnecessárias, o grande número de mamografias que precisam ser refeitas. Para combater o problema, o Colégio Brasileiro de Radiologia, em parceria com o Inca e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), criou, em 2005, um programa de certificação de mamógrafos, que conta com o apoio da Femama e do Instituto Avon. Os mamógrafos certificados contam com um selo de qualidade, mas eles ainda são minoria. Até o fim de 2008 eram pouco mais de 400, de um total de cerca de 2,4 mil em todo o País. É importante que tantos os médicos quanto as pacientes procurem saber se os mamógrafos dos serviços utilizados têm o selo de qualidade. Vicky Emptage/Ilustration works/Corbis/Latin Stock
CANCER DE MAMA
Câncer de Mama Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia. O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2010-2011, produzida pelo Inca, o Brasil terá 500 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 49.240 mil serão tumores de mama. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos. Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para ser detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.
O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis. Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.